Defumações:
Descarregam
o campo mediúnico e sutilizam suas vibrações, tornando-o receptivo às
energias de ordem positiva. Ela é essencial para qualquer trabalho num
terreiro, pois certas cargas se juntam (agregam) ao nosso corpo astral durante
nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada,
rancores, preocupações, pensamentos negativos, etc, tudo isso produz (ou
atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso campo eletromagnético,
bloqueando transmissões energéticas. Pois bem, a defumação tem o poder de
desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe,
pois interpenetra o campo astral, mental e a aura, tornando-os novamente
“libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
Palmas:
Se
cadenciadas e ritmadas, criam um amplo campo sonoro cujas vibrações agudas
alcançam o centro da percepção localizada no mental dos médiuns. Com isso, os
predispõem a vibrarem ordenadamente, facilitando o trabalho de reajustamento
de seus padrões magnéticos.
Cantos:
A Umbanda
recorre aos cantos ritmados que atuam sobre alguns plexos, que reagem
aumentando a velocidade de seus giros. Com isso, captam muito mais energias
exotéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a
incorporação. Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a
quem vai a um terreiro de Umbanda pela primeira vez. Os pontos cantados
são, dentro dos rituais, um dos aspectos mais importantes para se efetuar
uma boa gira. São louvações e orações cantadas, para chegada dos Orixás e
guias, também para descarga e limpeza fluídica, bem como para a subida dos
Orixás e guias. Um verdadeiro ponto cantado nos atinge lá dentro do coração e
da emoção, nos trazendo paz, fé, pela pureza e firmeza desses pontos
maravilhosos.
Atabaque:
As
vibrações sonoras têm o poder de adormecer o emocional, estimulando a
sensibilidade, modificando as irradiações energéticas, atuando sobre o padrão
vibratório do médium, após esta mudança o mentor aproveita esta facilidade e
adentra no campo eletromagnético, igualando-se ao padrão e fixando-o no mental
de seu médium. Em pouco tempo o médium, entra em sintonia magnética para a
incorporação.
Existem
vários tipos de toques:
• suaves e
cadenciados (renovação afetiva e amorosa);
• vibrantes
(descarrega);
• sons
alegres (predispostos ao bom humor) .
Danças:
A Umbanda
recorrem às “danças rituais” pois, durante seu transcorrer, os médiuns se
desligam de tudo e se concentram intensamente numa ação onde o movimento
cadenciado facilita seu envolvimento mediúnico. Nas “giras” (danças rituais),
as vibrações médium-mentor se ligam de tal forma, que o espírito do médium fica
adormecido, já que é paralisado momentaneamente. No princípio, o médium sente
tonturas ou enjoos, mas estas reações cessam se a entrega for total e não houver
tentativa de comandar os movimentos, já que seu mentor quem o comandará. Nada é
por acaso. Se o ritual de Umbanda optou pelo uso de atabaques, cantos e danças
ritual, há todo um comando pelos senhores do alto dando amparo e sustentação.
Roupa
Branca:
O branco é a cor de Oxalá, que é o regente da
Fé, da religiosidade dos seres da pureza, da humildade, da benevolência, da
paciência da fraternidade da união e da caridade… O simbolismo da veste branca
é bem visível, além de permitir uma uniformidade na apresentação do corpo
mediúnico. Mas, se alguém se veste de branco e assume o grau de médium, dele
também se exige que purifique seu íntimo, reformule seus conceitos a respeito
da religiosidade e porte-se de acordo com o que dele esperam os Orixás
Sagrados, pois estes que o ampararão daí em diante. O fato é que a Umbanda como
uma religião possui seus próprios rituais, suas próprias característica, e suas
práticas.
Desenvolver
a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitada para recebê-lo,
mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o dom com o qual foi
ungido.
Saravá Umbanda!
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